Na última quarta-feira (8), o Instituto Adolfo Lutz (IAL) confirmou a detecção de norovírus em amostras fecais humanas provenientes da Baixada Santista. O norovírus é um agente infeccioso já conhecido pelos infectologistas e associado a surtos de doenças gastrointestinais, especialmente em locais com alta concentração de pessoas.
Mas é possível que o vírus chegue ao interior de São Paulo ou a contaminação acontece apenas em cidades litorâneas? A reportagem do acidade on conversou com o infectologista Luis Felipe Silva Visconde (CRM: 201275 / RQE: 111506) e tirou algumas dúvidas sobre a e tirou algumas dúvidas sobre a presença e contaminação do norovírus.
De acordo com o médico, que também é e Coordenador do Serviço de Controle de Infecções do Hospital São Lucas, em Ribeirão Preto, o norovírus não é uma doença exclusivamente de cidades litorâneas e pode chegar ao interior de São Paulo.
“Dados da literatura médica mostram que o norovírus é a principal causa de gastroenterites relacionadas a condições de saneamento básico e consumo de alimentos nas Américas. Naturalmente, a aglomeração na região litorânea, com as festividades de fim de ano, associada a quebras de barreira de saneamento básico e ao próprio ambiente de praia – em que é comum o consumo de alimentos sem cuidados com adequada higienização das mãos, por exemplo – potencializam muito a chance de transmissão do vírus de pessoa a pessoa“, explica Visconde.
Luis Felipe diz que uma das características do norovírus é a sua elevada transmissibilidade. Assim, mesmo fora das áreas litorâneas, uma pessoa contaminada pode passar a doença para outros e provocar surtos.
“A transmissão se dá pela via fecal-oral, isto é, pela ingestão de água e alimentos contaminados com restos (ainda que microscópicos) de fezes e vômitos de pessoas doentes. Dessa forma, as medidas de saneamento básico, adequada higiene das mãos antes das refeições e consumo de água tratada são a principal forma de prevenção”, alerta.
Sobre a prevenção, o infectologista orienta adotar medidas de saneamento adequadas, que impeçam a eliminação de dejetos em áreas de circulação de pessoas, associada à higienização adequada de alimentos e das mãos, sobretudo, antes das refeições.
pode, naturalmente, dificultar isso. Mas podemos tentar estratégias para reduzir esse risco, tais como: evitar consumir alimentos de procedência desconhecida (se possível, levar o próprio lanche para a praia) e utilizar de formulações alcoólicas em gel para higiene das mãos antes de nos alimentarmos”, finaliza.
Sintomas
Os sintomas da infecção por norovírus costumam ser mais intensos nos primeiros 2 a 3 dias, mas geralmente duram cerca de 3 a 7 dias.
Durante as primeiras 48 horas, é comum a pessoa ter várias evacuações líquidas, o que pode levar à perda significativa de líquidos, além de náuseas e vômitos.( Com informações de A Cidade On Ribeirão).

Deixe uma resposta