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Caso Larissa- Médico acusado de matar esposa envenenada em Ribeirão Preto chora todos os dias na cadeia, diz defesa

Luiz Antonio Garnica é acusado de planejar assassinato da professora Larissa Rodrigues para mãe executar. Justiça começa a ouvir nesta terça-feira (9) os depoimentos das testemunhas do caso.

A defesa do médico Luiz Antonio Garnica, acusado de planejar a morte da esposa, a professora Larissa Rodrigues, em março deste ano em Ribeirão Preto (SP), diz que o cliente chora todos os dias na prisão. Garnica está preso desde maio e nega as acusações. Nesta terça-feira (9), a Justiça começa a ouvir os depoimentos de 24 testemunhas do caso.

“Toda vez que converso com Luiz, ele chora o tempo todo. Chora por ‘n’ motivos. Primeiro: perdeu a esposa. Segundo: foi a mãe quem matou. Terceiro: a mãe colocou ele na cadeia e acabou com a vida dele. Quarto: ele está preso. E cinco: pela morte da própria irmã poucos dias antes”, afirma o advogado Júlio Mossin.

Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, Garnica contou com a ajuda da mãe, Elizabete Arrabaça, para envenenar Larissa com chumbinho. A idosa, de 68 anos, também está presa desde maio, quando o laudo toxicológico apresentou a substância tóxica no organismo da professora. Ela ainda é suspeita de matar a própria filha.

A defesa de Garnica alega que a mãe dele agiu sozinha. “Ele não tem responsabilidade nenhuma e quem cometeu esse homicídio de forma exclusiva e isolada foi sua genitora por questões familiares e patrimoniais (…) A própria investigação navega tranquilamente nesse sentido de que tão somente a senhora Elizabete é quem tirou a vida da Larissa”, afirma Mossin.

Ainda segundo a Promotoria e a Polícia Civil, Garnica teria agido em conjunto com a mãe porque estava apaixonado pela amante, mas não queria se divorciar Larissa para não ser prejudicado na partilha de bens.

Dívidas
A investigação concluiu que Garnica e a mãe estavam endividados. Segundo o inquérito, dias após a morte de Larissa, o médico acionou um seguro para quitar o financiamento do apartamento onde morava com a professora. Ele também tentou movimentar a conta bancária da esposa.

Apesar disso, a defesa do médico nega que ele tivesse preocupações financeiras.

“Volto a destacar que o apartamento mais de 80% era pago por ele e ela, era 20% ou 16%. A maior parte do financiamento é em nome dele, ele que pagava. Tem o carro dele e dela, e o inventário dela, um dinheiro em vida que ela tinha na conta dela. Ele tem patrimônio próprio”, diz Mossin.

A defesa de Elizabete Arrabaça alega que as provas não demonstram qualquer vínculo entre a idosa e o filho para a morte de Larissa.

“A acusação diz que quem teria planejado a morte foi o Luiz. Não há nenhum ponto que ligue alguma fala do Luiz a ela ou dela ao Luiz, dando a entender que eles teriam combinado a morte, diz o advogado Bruno Corrêa.

Para a defesa, também não há evidências de que a sogra tivesse problemas financeiros.

“O Ministério Público trabalha muito com as dificuldades financeiras de ambos, isso também cai totalmente por terra. Até o momento da prisão dela [Elizabete], ela era totalmente adimplente. Tinha os financiamentos, sim, mas ela pagava. Esse ponto de dificuldade financeira, cai por terra.”

Acusação
O Ministério Público denunciou o marido e a sogra da vítima por feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da professora.

Garnica ainda foi acusado por fraude processual, por ter alterado a cena do crime no dia em que Larissa foi encontrada morta no apartamento em que vivia com ele.

De acordo com a investigação, no início de março, Larissa havia descoberto que o marido mantinha uma relação extraconjugal. A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que a professora começou a ser envenenada pela sogra a mando do filho para evitar uma partilha de bens na separação.

Na véspera de ser morta, Larissa chegou a mandar uma mensagem para o marido avisando-o de que iria procurar um advogado para tratar do divórcio. ( Fonte/Texto e Foto: G1

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